terça-feira, 18 de novembro de 2014

Sobre o amor (de mãe)

Sempre fui uma pessoa dada ao amor, assim com uma entrega completa, intensa, completa!
O tudo. O meu eu mais verdadeiro entrega nas mãos de quem o merecia.
O amor que sinto pelo pai da C é qualquer coisa de avassalador.
É monstruoso.
É bom. Já lá vão 12 anos e meio disto.

Por isso, quando a C estava para nascer eu tinha um medo terrível de ter esgotado o amor no meu coração. E pior, enlouquecia só de pensar que ela poderia não gostar de mim (eu sei, hormonas!).
Durante a gravidez fui ouvindo aqueles clichês de sempre "quando nasce um bebé, nasce uma mãe", "é um click instantâneo", "não te preocupes...".
A verdade é que no momento em que a C nasceu houve algo de mágico a acontecer naquele bloco... O tempo parou, fui transportada para uma realidade alternativa onde milhões de pequenos seres me injectaram o serum do verdadeiro amor, aquele segundo em que ouvi "mamã, nasceu!" fez  nascer dentro de mim um novo ser, uma mãe!
E naquele instante percebi que os clichês que tanta confusão me faziam (e nervos, confesso!) não eram nada quando comparados com a verdadeira dimensão do sentimento novo que o meu coração me estava a apresentar.

Sim, quando nasce um bebé, nasce uma mãe!
Sim, quando tu nasceste, minha pequena C, eu renasci contigo, tua mãe!

E é um amor tão novo e tão diferente em relação a tudo o resto...
Tão puro. Cru. Físico. Verdadeiro. Inocente. Intenso. Real. Eterno.
E é esta sensação de eternidade que me faz sorrir todos os dias quando olho para a C.
Saber que ela é minha para sempre e que eu sou dela para sempre!
Saber que tudo o resto pode (e vai eventualmente) mudar mas a C será para sempre a minha filha e eu serei para sempre a sua mãe!

O amor de mãe é, afinal, ainda melhor quando a mãe somos nós!

PL

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